O trabalho começa coletando grandes porções de bilhetes lotéricos nas casas de aposta da cidade.

Depois em atelier, são desmembrados através de cortes e colados sobre suporte rígido.

É uma tentativa de aposta em um outro jogo voltado para as questões do olhar. Procuro novas possibilidades gráficas dando uma outra função a um objeto de uso popular, subvertendo sua função de apelo à sorte instantânea tão atraente em nosso mundo.

As composições resgatam através de seus ritmos inquietantes, o pensamento construtivista de Piet Mondrian quando a influência das movimentações urbanas repercutiram na sua famosa série “Boogie-woogie”.

As colagens sugerem ao olhar imaginativo, micro-chips, mapas de cidades inexistentes, suas geometrias são fluxos resultantes da ruminação de um mundo pós industrial, repetitivo e em constante mutação.