Graduado em Pintura pela Escola de Belas Artes da UFRJ em 1999, o artista vem participando de diversas ações artísticas coletivas e tem explorado em atelier um variado repertório técnico e de pesquisa no campo das Artes Visuais. Na E.A.V Parque Lage começou em 1989 no curso de modelo-vivo e seguiu em “Imagens de Superfície”, 2008 e “ Núcleo Avançado de Pintura” , 2010.
Nos anos 90, fez parte de atelier coletivo em Santa Teresa, “O Atelier 491”. Colaborou com ilustrações para revista Vizoo e participou de salões e exposições coletivas, dentre elas destacam-se: “Atrocidades Maravilhosas”, em 2001; “Novíssimos IBEU, em 2002; “ Alfândega 2”; “36 Salão de Piracicaba”, “ A Cara do Rio”, “ Rio Amazonas- Navegação”, – 27 Bienal de São Paulo, em 2006; “38 Salão de Arte Contemporânea Luiz Sacilotto, em 2010. Entre as exposições individuais destacam-se: “ Caminhos Naturais”, na Embaixada do Brasil em Roma, Itália, em 2005; e “Paisagens de Vento”, no Centro Cultural Correios no Rio de Janeiro, em 2009. “Tech Colors”, no MARCO de MS, em 2016.
Com a liberdade e a experimentação do fazer artístico surgiram variados trabalhos, abordagens e técnicas que permitiu ao artista o trânsito por diferentes fazes. Inicialmente, o artista desenvolveu pinturas sobre o bairro de Santa Teresa e expandiu para a representação da natureza, transformando-a até alcançar a natureza inventada, lançada em manchas e transparências.
Desde o final dos anos 90, com o surgimento do digital, novas possibilidades deram início às pesquisas com as manipulações digitais a partir de colagens que eram escaneadas. Gerou impressões em larga escala criando um diálogo com a pintura abstrata estreitando os limites entre a materialidade e o digital. Das pesquisas com colagens surgiram também a série “ Acumuladas” em que o artista se apropria de bilhetes lotéricos para gerar a composição.
Atualmente trabalha com colagens e pinturas abstratas, pesquisando o aproveitamento de papéis e os resquícios do mundo editorial e do design, assim como embalagens e materiais recicláveis. O artista se volta para a expressividade do material e suas atribuições pictóricas. Com o repertório gerados pelas colagens de formatos mínimos o artista segue ampliando em telas de proporções maiores, ganhando espaço para uma pintura pausada e contemplativa seguindo uma herança construtivista direcionada aos aspectos do Minimalismo. Imagens e atmosferas que sugerem um esvaziamento e ausência da representatividade onde predominam os espaços de cor, gradações, linhas e formas geométricas.